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Jornal Diário de Suzano - 29/06/2024
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Região

Sindicato dos Ferroviários vê privatização como prejudicial para passageiros

Audiências públicas foram realizadas em São Paulo, Guarulhos e Mogi das Cruzes

22 junho 2024 - 18h00Por Gabriel Vicco - da Região

O Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil (Sindcentral) entende que a privatização das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) será prejudicial para os passageiros.

A opinião foi expressa pelo vice-presidente do sindicato, Múcio Alexandre Bracarense, que esteve nas audiências públicas realizadas em São Paulo, Guarulhos e Mogi das Cruzes, nos dias 19, 20 e 21 de julho, respectivamente.

O vice-presidente do Sindcentral disse que “transporte público não é produto”, então não pode ser entregue nas mãos de uma empresa que visa o lucro. “Transporte público é serviço e obrigação do Estado e não produto. O transporte não pode visar lucro, que é a perspectiva da iniciativa privada”.

De acordo com Múcio, as principais mudanças da iniciativa privada, visando o lucro, são: aumento de tarifa; precarização de manutenção; diminuição do quadro de funcionários; aumento da carga horária; diminuição do salário; e diminuição no tempo dos cursos para treinamento, deixando os profissionais menos preparados.

A privatização pode culminar, também, na falta de interesse da população em utilizar o transporte público. Como exemplo, Múcio utilizou a privatização nas linhas da cidade do Rio de Janeiro, com a Supervia. “Antes da privatização, era uma demanda de 1,2 milhão de pessoas por dia. Após privatizar, a demanda caiu para 400 mil usuários por dia. As pessoas perceberam que o transporte público não estava bom”.

Na visão do vice-presidente do sindicato, o funcionamento das linhas também deve ser pior, já que vão existir empresas diferentes cuidando de linhas de trem. “Hoje, as linhas 8 e 9 são de uma empresa, a 5 é de outra, a 4 é de outra, a 7 também é de outra. As linhas 11, 12 e 13 não sabemos ainda com quem vai ficar, mas teremos cinco ou seis empresas cuidando de linhas de trem. E essas empresas não vão se falar, não vão se comunicar, e todas têm integração”.